sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

REINAÇÕES DO FALO: Em busca da maximização do prazer e a mercantilização do Amor na Sociedade de Consumismo (1ª. Parte)


O Amor é uma mentira; para todos aqueles que acreditam que as demais coisas também sejam mentiras.



1. A inveja do falo.

Voltando de Araraquara à São Paulo, toca o celular de uma passageira situada no banco à minha frente. Com o ônibus relativamente vazio numa noite fria e nublada, ela começa a falar num tom moderado e depois exalta a voz. O que todos passageiros do ônibus puderam ouvir era uma típica briga de casais via telefonia móvel. O que era perfeitamente possível de entender era que o interlocutor, o namorado-parceiro (ou similar), estava comunicando à amante-namorada (ou similar) o desvelo do “grande mistério” que ele carregava na relação deles: e surgiu a fatídica “verdade” que o distinto cavalheiro era “casado”! Oh, Céus? Do desvelo em diante, percebeu-se o forte tom de reprovação e suposta insatisfação da passageira com seu parceiro. Como já previsto, começaram as típicas perguntas “quem era ela?”, “que idade tem?”, “como é o relacionamento entre vocês?”, “você ama a sua mulher?”.

Como quase todas as histórias similares a esta, o homem jamais fala a verdade ou, na melhor das hipóteses, procura camuflar à ausência da ética matrimonial com uma roupagem de “mistério” ou lacrimejar seu profundo sofrimento do “casamento em frangalhos”. No seu comportamento de ostentar seu falo na sociedade, é o coito a tarefa primordial do homem de estar sobressalente em seu nicho social. Como é possível intermediar um orgulhoso diálogo com os amigos, sem contar as diabruras daquela circense “trepada” com a colega do trabalho, amiga da namorada/esposa ou a vizinha do outro quarteirão em meio aos resultados dos jogos de futebol do final de semana (coisa para macho, claro!)?[1]

Retornando à passageira do ônibus. Com o passar da conversa, o tom de voz se apaziguava e açucarava da passageira passou da hostilidade da “mulher-traída” à complacência da “mulher-mãe” e começa a partir daí uma série de “aconselhamentos amorosos” para o infiel interlocutor. Ela, a passageira aturdida, optava inconscientemente a agregar à sua fala o tom conciliador de “mãe acolhedora e racionalista” numa atitude que visava preservar a auto-estima e sublimar as conseqüências da grande “sensibilidade” do seu parceiro. Após um longo tempo de conversa em tom que era impossível não deixar de ouvir e o ônibus ao adentrar à rodoviária paulistana da zona norte da cidade, ela desliga o celular, desce o veículo e parte erguendo com altivez sua cabeça e puxando sua bagagem de mão como se nada tivesse acontecido. Vale comentar sobre o título do livro que a passageira carregava em suas mãos: “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel. Mais irônico impossível! Seria um estudo da ostentação do reino material sobre a ficção emotiva por parte da passageira? A questão a ser interpretada é tecer algumas interpretações de como seria possível analisar situações da instável relação prazer e amor na sociedade capitalista de consumismo tal como o caso dessa passageira em destaque.

Em “Totem e Tabu”, Sigmund Freud alertou: “Não é fácil perceber por que qualquer instinto humano profundo deva necessitar ser reforçado pela lei. Não há lei que ordene aos homens comer e beber ou os proíba de colocar as mãos no fogo[2]. Pelo empirismo do universo masculino, algumas certezas são passíveis de dedução. O distinto cavalheiro (outrora “patrono do coração da passageira do ônibus”) possivelmente já estava insatisfeito ou saciado do sexo com a distinta “amante” e buscava descartá-la de alguma maneira anunciando o “insustentável” segredo. Seria patente ao acrescentar que o inconsciente da passageira de alguma maneira já sabia da natureza do “mistério” do seu parceiro, todavia era importante manter as regras do jogo entre “surdos-e-mudos”. “Estar por cima, ou sair por cima” de condições existenciais é fundamental na efêmera construção do “ter e não ser”. Naturalmente, no ego narcíseo da mulher pós-moderna, é muito mais sustentável ter um parceiro que lhe garante algum “status” de auto-realização pelo ego, ou seja, “ele é um homem ‘misterioso’ e isto me atrai e excita”. Naturalmente, o instinto natural do homem é a projeção da ejaculação narcísea representa pelo seu falo. O que confere o caráter do “macho” é o sentido que possa exercer seu papel de ejaculador primaz dentro no seu nicho social. Ninguém estaria impune dos seus impulsos narcíseos do homem. A projeção do “homem” na sociedade de consumismo é o seu caráter de “conquistar” em tempos bravios o seu “lugar ao sol”. A imposição do macho é o modelo o qual cabe aos impulsos movidos à testículos de efetivar as vontades viscerais da emancipação do falo. Cabe então à mulher pós-moderna buscar uma alternativa existencial para que não seja destruído pela imposição do falo e assim desejar as mesmas pré-condições do homem. Neste caso, como veremos posteriormente, o “amor” é a tão temida desconstrução dos elementos narcíseos do sujeito.

Observando com um olhar mais pós-moderno da construção do imaginário afetivo da mulher do hiperconsumo, a “inveja do falo” é uma entidade abstrata de uma busca inalcançável da identidade do sujeito em igualar as mesmas conquistas narcíseas representada pelo falo do homem (em plenitude, forma e extensão). Se os movimentos feministas soerguidos na metade do século XX queimaram simbolicamente sutiãs em praças públicas visando dignidade e emancipação sobre as seculares atrocidades machistas, na hipermodernidade, a “inveja do falo” dita a esfera do consumo de uma insólita batalha agonística em busca de não sucumbir o Ego diante da falência da capacidade de autocontrole de suas própria existência. O ato de consumir dá um falso alento que é possível encontrar as rédeas do próprio caminho ou amenizar as insatisfações (caminhos para sublimar o desprazer). Na condução das relações objetais, ir às compras compulsivamente estaria no mesmo patamar da troca instável de parceiros sexuais ou supostamente afetivos.



2. Édipo e Electra: arcabouços freudianos.

Para adentrar ao caminho de desvelo das relações de instabilidade neurótica da personalidade humana, é pertinente conhecer dois conceitos psicanalíticos freudianos, aliás, um que é o desdobrar do outro: o Complexo de Édipo e o Complexo de Electra.


2.1 Complexo de Édipo.

O Complexo de Édipo[3], ou posição edípica, segundo Sigmund Freud é a etapa mais importante, no desenvolvimento da personalidade e, é nesta etapa que ocorre o temor a castração. O conceito de “castração” na Psicanálise é essencial para a construção e desenvolvimento do desejo e da personalidade do sujeito.

A psicanálise freudiana buscou conhecer todo o significado do simulacro referente à castração e suas singularidades afetivas, generalizando-a, para fazer dela o modelo das relações entre os filhos e seus pais. Dentre estas questões edípicas está sublinhada à fixação amorosa no progenitor do sexo oposto, agressividade hostil em relação ao do mesmo sexo, o qual é preciso destruir para atingir sua própria maturidade, dupla tendência que admite inumeráveis variantes. Segundo a análise da psicóloga Jacqueline Moreira:

Dessa forma, o Édipo não é somente o "complexo nuclear" das neuroses, mas também o ponto decisivo da sexualidade humana, ou melhor, do processo de produção da sexuação. Será a partir do Édipo que o sujeito irá estruturar e organizar o seu vir-a-ser, sobretudo em torno da diferenciação entre os sexos e de seu posicionamento frente à angústia de castração[4].

Na avaliação de Chevalier e Gheerbrant, a figura do Édipo simboliza a alma humana e seus conflitos, do ser humano capaz de loucura e de recuperação [5]. Para análise de Sigmund Freud:

A psicanálise revelou que o animal totêmico é, na realidade, um substituto do pai e isto entra em acordo com o fato contraditório de que, embora a morte do animal seja em regra proibida, sua matança, no entanto, é uma ocasião festiva (...) A atitude emocional ambivalente, que até hoje caracteriza o complexo-pai em nossos filhos e com tanta freqüência persiste na vida adulta, parece estender-se ao animal totêmico em sua capacidade de substituto do pai.[6]


2.2 O Complexo de Electra.

O complexo de Electra foi batizado a partir de um mito grego segundo o qual Electra, para vingar o pai, Agamêmnon, incita seu irmão Orestes a matar a mãe, Clitemnestra, e seu amante Egisto, que haviam assassinado Agamêmnon. Psicanaliticamente, a resolução deste período ocorreria da seguinte forma:
"a menina desistiria do pai original e, com a maturidade viria a possuir um substituto do pai (um homem) e, a sua ligação infantil com a mãe seria compensada, vindo ela a se tornar "mamãe" também, e desta maneira readquiriria as gratificações do relacionamento "mãe-filho". Uma ligação excessiva com o pai pode interferir na capacidade de transmitir sentimentos positivos a outras pessoas; pode vir a fazer com que ela assuma características masculinas (do pai) e assim ter tendências homossexuais.
O medo excessivo da figura paterna (isto em casos de pais que são distantes ou não trocam afeto com as filhas) pode prejudicar a capacidade em lidar com pessoas do sexo masculino.
Fica então evidenciado a existência do complexo de Édipo e o interesse da menina pelo pai.

Talvez seja interessante ressaltar que estudos prévios demonstraram que animais e humanos geralmente escolhem parceiros que se parecem com eles mesmos, tendência chamada de homogamia. Cientistas da Universidade de Pécs (Hungria) e da Universidade Estadual de Wayne (EUA) acreditam que a homogamia em humanos ocorre em parte por causa de 'impressões sexuais' [sexual imprinting] causadas pelo pai na menina durante a infância. Sob a olhar da psicanálise de tradição freudiana, o fenômeno poderia ser atribuído à atração que as mulheres sentiriam pelo pai -- o Complexo de Electra, contrapartida feminina do Complexo de Édipo. Os autores do estudo atual, no entanto, têm uma explicação diferente daquela proposta pelos seguidores de Freud. Os pesquisadores acreditam que a criança tende a criar um modelo mental do fenótipo do pai que é usado como parâmetro para a escolha de um parceiro. Segundo o psicólogo estadunidense Glenn E. Weisfeld, "Parece que, durante um momento crítico ou sensível da infância, um processo de 'impressão sexual' constrói um modelo do pai, que fica registrado no cérebro da menina. Algumas evidências sugerem que fatores olfativos e visuais podem estar envolvidos"[7].



3. O Amor como totem do imaginário de consumo e a impossibilidade do Amor.

Existe no imaginário feminino um culto inconsciente que se remete à figura singular e sedutora de Afrodite[8]. Potencialmente, cada mulher carrega consigo seu desejo de ser ornamentada e conquistada pela sua beleza física e suas potencialidades que crivam as zonas de erotismo velado ou não. A indústria da estética sabe muito bem como tirar proveito deste imaginário feminino e faturam bilhões de dólares anualmente com uma miríade de produtos para aflorar o “desejo” e inflar o mito da “perfeição estética” em cada uma de suas consumidoras. Na clássica obra, “A arte de amar”, Eric Fromm sustenta que:

“Numa cultura em que prevalece a orientação mercantil, e em que o sucesso material é o valor predominante, pouca razão há para surpresa no fato de seguirem as relações do amor humano os mesmos padrões de troca que governam os mercados de utilidade e trabalho”[9].

Para voltarmos à passageira do ônibus de descobriu que seu “ideal de amor” era comprometido maritalmente, é importante considerar novas condições a serem analisadas.

Em primeiro lugar, a mulher tende a amar o ideal simbólico do imaginário do “amor” e não o objeto a ser amado. Por isto, tal como qualquer bem material, a troca de parceiros não significa necessariamente a idéia de diluição do “amor”. Ninguém corará muito o rosto logo após que tocou o carro modelo antigo por um novo modelo mais versátil. O importante neste caso é a maximização do prazer que poderá ser representado sem avaliar com alguma sustentação as conseqüências e ilações em médio ou longo prazo do aparelho psíquico. Possivelmente, é neste âmbito de porosidade afetiva se situa o início das raízes do número cada vez mais crescente de casamentos estéreis na hipermodernidade, movidos à velocidade da mercantilização emotiva e durabilidade cada vez mais volátil.

Em segundo lugar, as relações objetais impregnam no inconsciente que o amor não está na relação afetiva mas na diluição na procura dos objetos. “Caso hoje e separo amanhã, e posso mudar tudo isto no dia seguinte”, são construções da busca frenética de reconstituição do falo ausente na mulher. O poder de decisão de buscar um caminho de auto-preservação e auto-suficiência são requisito básicos para poder reconstruir a idéia de autonomia de si e assim assegurar a condição de auto-determinação do “falo”.

Em terceiro lugar, a “vingança do pai” assumido na posição de Electra permite inconscientemente encarar o outro como um inimigo visceral a ser combativo, ou seja, a personalização do objeto de amor. E como seria possível atingir o pleno prazer quando as relações são egoístas e agonísticas? Para o controvertido e combatido, psicanalista Willhem Reich, a “função do orgasmo” estaria constituindo somente para a junção de pleno movimento de emancipação e liberdade. Seria a mulher (conceito extensível também ao homem) capaz de ter construir um movimento de total libertação?

Em quarto lugar, Amor e prazer sexual são esferas totalmente distintas e que podem (e devem) ser complementadas como um único todo. O temor da “entrega total” para o outro é o significado que tal ato pode acarretar para o sujeito. A preocupação narcísea é a sobrevivência do Ego. A angústia de não sucumbir o Ego perante o outro acarreta um resistência de “sobrevivência” na esfera sentimental. É preferível dentro de uma sociedade materialista de consumismo, ter relações estéreis, mercantis e pulverizadas e que não cause nenhum abalo na estrutura do aparelho psíquico. “Transar com este e com aquele, ontem, hoje e amanhã”, poderá dar uma falsa impressão de sustentabilidade e auto-afirmação do Ego e assim projetar o aparelho clitoriano como a afirmação do falo faminino. Todavia, esta construção da fantasiosa do imaginário feminino nunca escapará da eternidade do vazio existencial após cada gozo mercantil da sua agenda superlotada de excrescência da libido. Para o homem, o coito se torna uma necessidade de demonstração de sua identidade e virilidade no nicho social (em contrapartida, o fantasma da impotência seria o testamento da sua morte viril e psíquica). Já para a mulher, o gozo clitoriano ou vaginal é a necessidade de estar simplesmente viva e ainda carregar consigo o desejo de ser “mulher em plenitude”, ou seja, acreditar na “possibilidade de amar o Amor” acima de todas as coisas (mesmo que veladamente e nunca admita para o outro ou no casulo de sua esfera de influência social e afetiva).

No hiperconsumo atingir a plenitude do Amor é impossível, um mero mito. Uma vez quer para o amor é necessário um desapego da matéria (somente no ato da maternidade é possível ainda ser visto o desprendimento material coexistente na relação “mãe-filho”). E conforme já foi destacado, segundo Reich, somente uma fusão entre prazer sexual e amor seriam os fatores de libertação e emancipação do ser humano e o que potencializaria a ter uma cosmovisão superior às propaladas pelas relações objetais movidos pelas concepções materialistas. Logo, a construção da plena liberdade emancipatória de homens e mulheres com bases em premissas mercantilizadas é simplesmente impossível.

Notas:



[1] Numa reportagem de um noticiário de televisão sobre a dispersão da AIDS em trabalhadores de transporte de carga, um caminhoneiro ao responder uma pergunta feita pelo repórter se ele usava preservativos nos relacionamentos com prostitutas e se o mesmo distinguia relações preferenciais com mulheres ou transexuais, disparou: “Eu não uso nada e o importante mesmo é o buraquinho”, salientou alegremente o distinto cavalheiro. Claro, a sexualidade é coisa de “macho”, dono imperial do falo ejaculador!

[2] FREUD, S. (1974). Totem e tabu. (J. Salomão, Trad.). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas (Vol. XIII, pp. 13-168). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1913).

[3] Édipo é o herói lendário da tragédia grega, que se tornou o eixo principal da psicanálise moderna: o complexo de Édipo. Advertido por um oráculo de que, se tivesse um filho, este o mataria, Laio, o pai de Édipo, mandou perfurar os tornozelos de seu filho, quando este nasceu, e ligou-os com uma correia; daí este nome de inchado (Édipo). O servidor, que devia abandoná-lo para que morresse, entregou-o a estrangeiros, pastores ou reis, conforme as lendas. Eles tomaram conta da criança. Já adulto e indo ter a Delfos, Édipo, por causa da prioridade de passagem num desfiladeiro estreito, mata Laio, ignorando que este era seu pai. Cumpriria assim o oráculo, sem o saber. Na estrada de Tebas encontra a Esfinge, um monstro que devastava a região. Ele o mata, é aclamado rei e recebe como esposa Jocasta, a viúva de Laio, sua própria mãe. Mas em conseqüência de oráculos obscuros do adivinho Tirésias, Édipo descobre que assassinou seu pai e desposara sua mãe. Jocasta se mata; Édipo arranca os próprios olhos. [CHEVALIER, J., GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). 12. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.]

[4] MOREIRA, Jacqueline de Oliveira. Édipo em Freud: o movimento de uma teoria. Psicologia em Estudo. [online]. 2004, v. 9, n. 2, pp. 219-227. ISSN 1413-7372. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722004000200008 Acesso em 04 dez 2008.

[5] CHEVALIER, J., GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). 12. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.

[6] FREUD, S. (1974). op. cit.

[7] ALBUQUERQUE. “Tal sogro, tal genro: Estudo sugere que mulheres tendem a escolher maridos parecidos com os pais”. Ciência Hoje On-line, 11 mai 2004. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/1812 Acesso em: 03 dez 2008.

[8] Para a mitologia grega, Afrodite (Vênus) é a deusa da mais sedutora beleza, cujo culto, de origem asiática, é celebrado em numerosos santuários da Grécia, principalmente na ilha de Citera. Filha do sêmen de Urano (o Céu) derramado no mar, após a castração do Céu por seu filho Cronos (daí a lenda do nascimento de Afrodite, que surge da espuma do mar); esposa de Hefestos, o Coxo, por ela ridicularizado em várias ocasiões.

[9] FROMM, Eric. A arte de amar. Belo Horizonte: Itatiaia, 1966, pág. 21.